A educação nos séculos XVIII e XIX. Concepções liberais do século XX. Críticas a escola.

28/10/2013 20:55

A educação existe desde os tempos primitivos, onde existem indícios de formas elementares de instrução e aprendizagem. De acordo com Libâneo (1994) na chamada antiguidade clássica (gregos e romanos) e no período medieval também se desenvolveu formas de ações pedagógicas, em escolas, mosteiros, igrejas, universidades.

A educação corporizada na escola é resultado de uma construção histórica.  O homem desenvolve a educação por meio da aprendizagem de ambas as partes. Antigamente acontecia através da transferência de pais para filhos.

Já na idade média, passa-se a enxergar a educação de forma diferenciada, sendo que as pessoas com um alto poder  financeiro,  pagavam  mestres (professores) particulares para seus filhos.

No século XVIII, o Estado construiu as primeiras escolas públicas.

 

                                   [...] com o desaparecimento dos interesses comuns a todos os membros iguais de um grupo e sua substituição por interesses distintos, pouco a pouco antagônicos, o processo educativo, que até então era único, sofreu uma partição: a desigualdade econômica entre os “organizadores” – cada vez mais exploradores – e os “executores” – cada vez mais explorados – trouxe, necessariamente, a desigualdade das educações respectivas (PONCE, 1986, p. 25).

 

 

                             Historicamente, assim, é exatamente da educação, confiada no interior da “família” à educadores especialistas, aos filhos dos poderosos (do faraó, dos “minos”, do anax , do basileu , do pater ) e, em torno dos quais se agregam os filhos de várias famílias eminentes, que surgem as primeiras “escolas públicas”, ou seja, abertas aos jovens de várias famílias que se interessavam, cada vez mais, pela vida pública e se caracterizam por esse conteúdo específico. Essas escolas, com o apoio da divisão do trabalho existente no próprio interior das classes dominantes, aparecem, por um lado, como escola de cultura para os “pensadores de classe”, seus “ideólogos ativos”. [...] e, por outro, como ginásios ou tribunais onde os cidadãos guerreiros se educavam para o exercício do poder político e da arte militar. [...] Mas, fossem escolas de sacerdotes ou de cidadãos-guerreiros, permaneciam como estruturas específicas e exclusivas para a formação das classes dominantes [...] (MANACORDA, 2002, p. 117).